E.V.A.

  

E.V.A.

    

Origem

Por Ernani Garcia

O Acetato-vinilo de estileno é uma espuma sintética produzida a partir de seu copolímero termoplástico. Surgiu nos Estados Unidos na década de 50 e passou a ser utilizado na indústria de transformação desde então.




Toxidade
Por Michelle Chuang


O EVA, sigla para Espuma Vinílica Acetinada, não é tóxico quando inalado a temperatura ambiente apesar de seu odor forte, porém é recomendado que o local de trabalho seja ventilado caso o produto seja aquecido a alta temperatura, pois vapores como propeno e eteno podem se desprender. O contato do material com os olhos pode causar irritação ou lesão na córnea pela ação mecânica, caso haja contato com a pele quando o material for aquecido, pode causar queimaduras graves. Os riscos de saúde causados pela ingestão de EVA são desconhecidos, porém pode causar obstrução na garganta ao engolir.



Quais as características físicas?
Por Letícia Gonçalves

O EVA (Etil Vinil Acetato) apresenta-se leve, atóxico, resistente (a diversas substâncias químicas e a baixas e altas temperaturas), flexível, aderente, moldável e  pode ser transparente.



Quais são os produtos fabricados?Por Alessandra Ferreira
Vendido em bobinas e placas de diversos tamanhos e espessuras, suas aplicações são praticamente infinitas, o EVA pode ser usado na confecção de produtos novos ou como substituto para outros materiais em produtos já existentes, exemplos:

Calçados: Palmilhas, entressolas e solados ou até mesmo o calçado inteiro, como sandálias e chinelos.
Esportes: Tapete ou colchonete confortável, atóxico, inodoro, de fácil higienização e ainda por cima prático para ser transportado, blocos em EVA que auxiliam a prática de yoga, melhorando a postura e a extensão do corpo nos movimentos. Além disso, o EVA. pode ser utilizado em produtos como Step, Prancha de Natação, Tornozeleira e Tatame para treino de artes marciais.
Tatames: Pisos em EVA, também chamados de tatames, podem ser utilizados para diversas aplicações, dependendo da espessura. 
muito utilizados em escolas, playgrounds, condomínios e quaisquer outras áreas de uso infantil. 
Os Tatames com maior espessura são muito utilizados em academias, clubes, hotéis, campeonatos de artes marciais e qualquer local para treino do atleta, cuja modalidade inclui alto impacto no solo. Para garantir a segurança e o conforto do usuário, os Tatames devem possuir textura e superfície antiderrapante.
Brinquedos: Substituição de papel e madeira em jogos infantis, como quebra-cabeças e jogos de tabuleiros. Também são feitas máscaras, bonecas, bolas, amarelinhas, casinhas, entre outros produtos.
Brindes: viseiras, chaveiros, chapéus, porta-copos, mouse-pads,etc.
Material escolar: Trabalhos escolares por meio de jogos para coordenação motora, aprendizado linguístico, memorização.
Artesanato: Substituindo papel, feltro, tecido e madeira, para produção de flores, lembrancinhas, decoração de festas, enfeites de natal e páscoa, decoração de livros, caixas, álbuns de fotos.
Utilidades domésticas: Rodo, protetor de porta, tapete, porta-copo, jogo americano, apoio para diversos móveis, entre outros.
Construção civil: Atenuadoras de ruídos e umidade.


Classificação
Por Henrique Silva Conceição

É um material termoplástico, uma espuma sintética de custo acessível muito usada para produtos infantis e material escolar.



Ciclo de Vida
Por Giovanna Roncoletta

O acetato de vinila pode entrar no solo, ar e água se despejado em lixões ou em outro lugar no ambiente, onde se degrada. A sua semivida , o tempo que leva para metade do produto químico para quebrar , é de cerca de 8 horas no ar e 7 dias na água. Não se sabe quanto tempo ele permanece no chão.



Processo de Fabricação
Por Thierry O. De Lemos

O Etileno Acetato de Vinila, muito conhecido como E.V.A., é um copolímero* que surgiu nos Estados Unidos na década de 50 e passou a ser utilizado na indústria de transformação. Na década de 70, a indústria de calçados começou a procurar materiais alternativos ao couro, pois havia escassez do produto e, consequentemente, preço elevado. Uma das alternativas encontradas foi desenvolver partes do calçado com a utilização de E.V.A.
Com o passar dos anos, o E.V.A. passou a ser utilizado em diversas aplicações e segmentos industriais, mostrando-se um material extremamente versátil devido suas características físicas e mecânicas específicas.
Hoje o E.V.A. está presente em solados, entressolas, palmilhas, brinquedos, brindes, material escolar, entre outros. Dentre as muitas vantagens do E.V.A. destacam-se: leveza, cores vivas, muitas opções de tamanhos e espessuras, facilidade de “conformação”, resiliência (efeito memória), além do custo atrativo.
A produção do E.V.A. é composta por várias etapas e requer muito conhecimento das fórmulas, das características da matéria-prima e do manuseio dos equipamentos pela mão-de-obra qualificada. Podemos fazer uma analogia, de forma bem simplificada, com a produção de um bolo caseiro, pois uma das principais características do processo produtivo é a expansão do material, que proporciona um aumento de volume por meio de reações químicas, sob ação de temperatura. Cada etapa é muito importante para que o resultado final seja plenamente satisfatório.

Pesagem - E.V.A. Nesta fase é feita a dosagem gradativa dos componentes das formulações por meio de balanças. Durante a pesagem, os componentes são agrupados por similaridade em recipientes separados para se evitar pré-reações.
Mistura - E.V.A. Os componentes que foram pesados são colocados em um misturador fechado chamado Bambury. A massa resultante deste processo é passada em cilindros e o resultado é um material mais homogêneo. Nesta etapa são formadas as placas compactas sem expansão, que são laminadas em espessuras e tamanhos determinados e encaminhadas para a prensagem.
Prensagem - É nesta etapa que ocorre o processo de reticulação e expansão do E.V.A., quando as placas são introduzidas nas prensas em seus platôs para o processo de vulcanização. As principais características das placas, como as dimensões e as propriedades de dureza e densidade, são controladas nesta fase do processo. As placas de E.V.A. podem ser lisas ou conter desenhos, de acordo com a ferramenta utilizada.
Acabamento - E.V.A. Após o ganho de volume e espessura desejados, as placas são encaminhadas para a fase de acabamento. As atividades feitas no acabamento são: lixar, requadrar, soldar, bobinar e rachar. A realização de todas estas etapas ou apenas parte delas dependerá do tipo de acabamento desejado, conforme a aplicação do E.V.A. que está sendo finalizado.
Primeiramente as placas entram na Lixadeira onde são niveladas. Deste momento em diante, as placas podem ter acabamentos diferentes:

SOLDA E BOBINADEIRA
- Solda: as placas são soldadas à quente num processo que proporciona a junção adequada das peças.
- Bobinadeira: as placas são recortadas na largura e enroladas em bobinas. Caso seja necessário diminuir a espessura, as placas são inseridas em uma rachadeira-bobinadeira.

REQUADRO OU RACHADEIRA
- Requadro: as placas são acertadas quanto à largura e o comprimento desejados.
- Rachadeira: utilizada para determinar a espessura das placas.



Preparação do Polímero
Por Marina Baltazar

A principal rota de obtenção industrial envolve a reação de etileno e ácido acético com oxigênio na presença de catalisador de paládio. É também preparado pela adição no estado gasoso de ácido acético por acetileno.



Características de Fusibilidade
Por Marina Baltazar

O acetato de vilina se encaixa na categoria dos termoplásticos (fundem e solidificam as vezes).



Heterogeneidade da Cadeia (Homopolímero e Copolímero)
Por Marina Baltazar

Os preços de PVAC dependem da forma do polímero, isto é, se está na forma de resina ou emulsão, homopolímero ou copolímero, assim como um produto específico. Não foi encontrado na literatura dados do seu consumo no Brasil. As emulsões continuam a dominar os mercados de adesivos e tintas. 



Quais equipamentos? Quantas unidades são produzidas? 
Por Miho Nishiyama

Balanças – onde é feita a dosagem gradativa dos componentes das formulações.
Bambury – misturador fechado onde são colocados os componentes que foram pesados.
Cilindros – por onde é passada a massa resultante do misturador para formar um material mais homogêneo e geram placas compactas sem expansão que são laminadas em espessuras e tamanhos determinados.
Prensas para borracha e placas expansivas – onde as placas passam pelo processo de reticulação e expansão quando são introduzidas em seus platôs para o processo de vulcanização. Controla as dimensões e as propriedades de dureza e densidade das placas e de acordo com a ferramenta utilizada, podem ser lisas ou conter desenhos.
Lixadeira – onde as placas são niveladas.
As placas podem ter acabamentos diferentes:
Solda – as placas são soldadas à quente num processo que proporciona a junção adequada das peças.
Bobinadeira – as placas são recortadas na largura e enroladas em bobinas. Caso seja necessário diminuir a espessura, as placas são inseridas em uma rachadeira-bobinadeira.
Requadro – as placas são acertadas quanto à largura e o comprimento desejados.
Rachadeira – utilizada para determinar a espessura das placas.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Plásticos (ABIPLAST), em 2003 o consumo do copolímero EVA foi de 45.780 toneladas.

  

Quais avanços de pesquisa existe? 
Por Jaqueline Laís 

EVA reduz o impacto ambiental no setor calçadista:

A empresa Braskem promete revolucionar a indústria de calçados com o novo grade de EVA VA3010A, um copolímero de etileno e acetato de vinila inédito em âmbito mundial, desenvolvido no seu Centro de Tecnologia e Inovação. Além de aumentar a produtividade do usuário, o produto ainda assegura uma fabricação mais sustentável ao abolir o processo de cura na colagem de entressolas. O lançamento integra o portfólio do selo Maxio, criado pela empresa para identificar resinas com diferenciais de conferir maior eficiência à cadeia do plástico e redução no impacto ambiental no processo de transformação.
A novidade, uma tecnologia patenteada, exige um novo primer aplicado a frio, que complementa a colagem da resina em diferentes substratos como borracha, PVC e couro sintético, criado pela Killing, parceira da Braskem no desenvolvimento dessa solução pioneira.
Segundo informações da fabricante de resinas, os dois novos componentes, tanto o EVA quanto o primer, são necessários para a aderência.
A colagem das entressolas à base de EVA consiste em uma etapa importante do processo, segundo explica a produtora da nova resina, pois a durabilidade de um calçado está diretamente atrelada à qualidade de aderência dos seus componentes após o processo de cura. As propriedades da nova resina possibilitam a adesão sem a necessidade da fase de cura por irradiação de luz ultravioleta, dispensando o uso tanto do equipamento que a promove como do gerador da emissão de gás ozônio, nocivo à saúde humana e ao meio ambiente.
Além de colaborar para a preservação ambiental, o transformador também é beneficiado com redução no consumo de energia no processo produtivo e em outros quesitos. A nova resina permite designs diferenciados na confecção das entressolas e proporciona vantagem adicional de redução de custo de até 26% (de acordo com o tipo de calçado e da configuração de cada linha de produção) na etapa de colagem do processo produtivo do calçado. De acordo com a Braskem, o novo grade de EVA ainda propicia melhor qualidade aos solados, sinônimo de menos devolução de calçados por conta de defeitos e custos ainda menores para os transformadores.


É possível fazer Laminação?
Por Renata Mori 

Sim, a laminação do EVA é bem semelhante ao PVB, um processo que expõe o material a altas temperaturas e pressão em um forno. O resultado é um produto de acabamento excelente, e que pode ser produzido em medidas exatas.



Como separar e aproveitar o resíduo de plástico?
Por Minami Hirota

A EVA não é biodegradável o que dificulta sua decomposição nos aterros sanitários gerando um acúmulo de lixo. Isso acontece porque o EVA é um derivado do petróleo e demora cerca de 400 a 500 para se decompor. Sendo assim, a forma mais rápida de destruí-lo é aquecendo-o a 150°C. Após passar por esse processo a EVA vira um pó, que em nenhum momento é absorvido pela terra.
Uma das soluções propostas é a desvulcanização, que é a reciclagem química que permite o derretimento, mas não permite que se danifique. Porém, forma mais adequada de reciclar o EVA é fazendo artesanatos com esse polímero, pois assim ela não é descartada na natureza.
Ainda sabe-se pouco sobre o assunto, já que são poucas as empresas que se preocupam em reaproveitar esse tipo de material. É usado em larga escala em colégios e no setor calçadista, apesar de maleável, a borracha EVA não resiste a todo tipo de processo de reciclagem.



Durabilidade
Por Caroline Ferreira

É um polímero emborrachado empregado em vários segmentos industriais. Além de ser um material resistente a pressões, com propriedades adesivas e componentes à prova d’água, é brilhoso e bloqueia a radiação UV. Graças a sua leveza e durabilidade, o produto é utilizado como matéria prima de calçados, brinquedos e utilitários. Popularmente conhecido como espuma de borracha (ou borracha expandida), também é utilizado como enchimento em equipamentos e absorvedor de choque, no caso dos calçados esportivos. Devido a sua flutuabilidade já foi utilizado para a fabricação de produtos nada convencionais, como é o caso dos óculos flutuantes. Chinelos e sandálias do material também se popularizaram, devido a sua leveza, resistência, fácil modelagem do material. De validade indeterminada e acabamento brilhante, o E.V.A é um material atóxico, inodoro e lavável, disponível em várias espessuras, cores e densidades, competindo diretamente com a borracha e os produtos de vinil.

Comportamento Mecânico
Por Liam César

É um material extremamente aproveitado hoje em dia por suas características mecânicas como: leveza, facilidade de pigmentação deixando cores mais vivas, trabalhar bem em diversos tamanhos e espessuras, facilidade de conformação ( manter um determinado formato que lhe for imposto ), resiliência ( efeito memória ) e baixo custo.

Máquinas para Produção ou Ferramentas
Por Kaif

– Prensa marca Cope modelo PHB-600 especial com platôs nas medidas de 1400mm (entre colunas) x 1100mm, pistão Ø 600mm, cinco vãos, pistões auxiliares, aquecimento á vapor, descida rápida, painel de comando , unidade hidráulica. 
– Prensa marca FKL modelo PHB-500 com platôs nas medidas de 1250mm (entre colunas) x 1100mm, pistão Ø 500mm, cinco vãos, aquecimento á vapor, descida rápida, painel de comando, unidade hidráulica. 
– Misturador interno dispersivo (Kneader) , procedência de Taiwan, capacidade para 75 litros, painel de comando automático, motor de 150 cv. 
– Misturador interno dispersivo (Kneader) NOVO , procedência de Taiwan, capacidade para 35 litros, painel de comando automático com TouchScreen, motor de 75 cv com inversor. 

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